Um dos maiores problemas que percebo nas pessoas que se convertem ao evangelho e passam a integrar a igreja é manter com Deus um relacionamento de pai e filho. Geralmente, a imagem que temos de Deus é tão deturpada que não chegamos a vê-lo como o Pai amoroso que é. No máximo, conformamos Deus à imagem de nosso pai terreno. Se esse pai terreno é amoroso, gracioso, maravilha; podemos ter uma idéia aproximada do Pai. O desastre é quando nosso pai terreno tem ou teve atitudes tirânicas, severas demais, abusivas etc. Apesar de sabermos racionalmente que Deus não tem nada desse pai, ainda assim teremos dificuldade em dissociar essa imagem de quem Deus verdadeiramente é.
Não ajuda em nada também quando fomos acostumados por nosso grupo religioso a ver Deus como um carrasco, pronto a castigar quem erra.
Além disso, nossa própria auto-imagem pode ser um tropeço. Mesmo depois de convertido, o indivíduo pode ter dificuldade em se ver com novos olhos, em se enxergar como Deus o enxerga.
Daí a preciosidade desse texto em que Paulo diz aos romanos, e a nós hoje, que o Espírito que recebemos do Senhor não é o de escravidão, para que tenhamos medo; pelo contrário, Deus nos deu o Espírito de adoção. Por esse Espírito, sem medo, podemos chamar o Senhor de Papai, Papaizinho.
Portanto, podemos nos aproximar de Deus, nosso Papaizinho, como o (a) filho(a) que Ele ama, nos recostar sobre seu peito e d’Ele receber o amor que nos oferece.
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