Coisas importantes, que valem a pena lembrar, acontecem em nosso dia a dia.Experiências enriquecedoras, frases que ouvimos, textos que lemos, vivências que temos que compartilhar. As exigências da
vida, porém, nem sempre permitem que as guardemos na memória. Por isso este blog - registro de coisas. Coisas que não devo nem quero esquecer...


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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Filhos por adoção

Romanos 8:15 - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.


Um dos maiores problemas que percebo nas pessoas que se convertem ao evangelho e passam a integrar a igreja é manter com Deus um relacionamento de pai e filho. Geralmente, a imagem que temos de Deus é tão deturpada que não chegamos a vê-lo como o Pai amoroso que é. No máximo, conformamos Deus à imagem de nosso pai terreno. Se esse pai terreno é amoroso, gracioso, maravilha; podemos ter uma idéia aproximada do Pai. O desastre é quando nosso pai terreno tem ou teve atitudes tirânicas, severas demais, abusivas etc. Apesar de sabermos racionalmente que Deus não tem nada desse pai, ainda assim teremos dificuldade em dissociar essa imagem de quem Deus verdadeiramente é.
Não ajuda em nada também quando fomos acostumados por nosso grupo religioso a ver Deus como um carrasco, pronto a castigar quem erra.
Além disso, nossa própria auto-imagem pode ser um tropeço. Mesmo depois de convertido, o indivíduo pode ter dificuldade em se ver com novos olhos, em se enxergar como Deus o enxerga.
Daí a preciosidade desse texto em que Paulo diz aos romanos, e a nós hoje, que o Espírito que recebemos do Senhor não é o de escravidão, para que tenhamos medo; pelo contrário, Deus nos deu o Espírito de adoção. Por esse Espírito, sem medo, podemos chamar o Senhor de Papai, Papaizinho.
Portanto, podemos nos aproximar de Deus, nosso Papaizinho, como o (a) filho(a) que Ele ama, nos recostar sobre seu peito e d’Ele receber o amor que nos oferece.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Os pequenos aprendem mais...

Amo a Bíblia. Quando criança, achava poética a linguagem... soava bem aos meus ouvidos textos dos Salmos, de Isaías... O curso de Letras me ajudou a analisar melhor os textos, descobrir lições que poderiam passar despercebidas, apreciar melhor a linguagem dos textos.
Mas é claro que ninguém precisa de um curso desses para entender a Bíblia e receber os ensinamentos que as Escrituras nos trazem. Afinal, o próprio Jesus, muito alegremente, agradeceu a Deus dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” (Lucas 10.21)
Para receber as instruções dadas pela Bíblia o que se precisa é do Espírito Santo, que nos vai revelando os princípios e, de uma maneira muito pessoal, nos mostra as lições que devemos aprender, de uma maneira como nenhum professor terreno é capaz de ensinar. Ele imprime em nós o caráter de Cristo. Isso é que é um milagre maravilhoso.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Marcelle e suas tiradas

É... eu sei que pode parecer corujice, pode até ser mesmo!! Mas não posso deixar de registrar as coisas precoces que percebo nas falas e atitudes de Marcellinha (5 anos).
Voltando do Ballet hoje pela manhã, ela começou a relembrar o dia da apresentação do ano passado quando, ao final, todos os alunos voltaram ao palco e comemoraram o sucesso de um semestre de treino e ensaios: "Mãe, você se lembra que todos os alunos bateram palma para Tia Suzzane?" "Claro que me lembro",  respondi, dividindo a atenção entre ela e a direção do carro. "Sabe por que todo mundo fez isso?" "Ah, porque todos gostam dela", opinei. Ela então, deu sua interpretação: "Todo mundo gosta dela, mas bateram palma porque ela é uma artista, e ela fez um grande trabalho com as bailarinas". Prosseguiu, em sua conversa de gente grande, enquanto ao volante, eu me esforçava para agir com naturalidade, tentando reprimir o orgulho e a corujice para não estragar a menina.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Coisas que não quero esquecer...

Conversa entre mim e  Marcellinha quando ela estava com dois aninhos:
"Eu sou 'petinha'. - disse alisando a pele dos bracinhos.
"Igual à mamãe, né, bebê?"
Depois de me dar uma olhada rápida, ela responde:"Não, você é marrom..."

Palavras novas usadas por ela essa semana: excesso (deixar o chuveiro ligado para retirar o excesso do óleo de banho); capturar, vilões  (achou legal certo desenho animado que assistiu porque os espiões capturam os vilões no final)...

Uso dos pronomes pessoais no diálogo com a avó, que molhando as plantas com uma mangueira, disse: "Celle, não fique aqui perto para você não se molhar." Ao que ela respondeu: "Para eu não me molhar, não; para VOCÊ não ME molhar..."

Lição que estou aprendendo...

Hebreus 12:15 diz: "... tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem."
Este texto me veio à mente depois que dei vazão à amargura que estava me perturbando há alguns dias e resolvi tentar fazer valer o que eu considerava ser meus direitos. O arrependimento chegou no momento em que acabei de falar. Não porque tenha sido de todo errado o que falei ou que não fosse legítimo, de alguma forma, o que eu estava percebendo e sentindo. Mas pelo simples fato de que amargura não gera libertação. Pelo contrário, a raiz de amargura nos causa perturbação mental, emocional, contamina a outros e vira uma bola de neve que fornece ao diabo material para trabalhar em nossas emoções e causar estragos em nossa vida e na das pessoas próximas.
O texto me falou profundamente no trecho que nos recomenda a que não nos privemos da graça de Deus... Fiquei pensando no significado dessa frase no contexto em que o autor escreve. O que seria privar-se da graça de Deus??
Aferrar-nos a um sentimento amargo, gerado pela demasiada importância que damos a nossos próprios direitos nos priva da libertação que o Senhor quer operar em nós pela sua graça. Graça é favor imerecido, não depende de nada que façamos. Portanto, nos desprender da amargura é simplesmente entregar a Deus nossos direitos, sofrer o dano, fazer como fez Jesus, "o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus."(Hebreus 12:2)
Que lição preciosa!! Privar-nos da graça é não permitir que o Senhor nos liberte da amrgura, por considerar um direito nosso sentir o que estamos sentindo, buscar a justiça por nossos próprios meios.
Qual a estratégia de Satanás? Lançar dúvida, plantar um senso de que estou sendo lesada em meus direitos. Daí vem a amargura, a murmuração, a tristeza, a intolerância, a dificuldade de conviver com a família, os amigos.
A lição que estou aprendendo é esta:  o Senhor não está me sonegando nenhuma bênção. Ele tem-me provido de TUDO de que necessito para mim e até para prover a outros. Portanto, minha alegria deve vir do fato de que Ele me confiou algo para fazer e que esta é a MINHA tarefa, meu ministério, minha missão. A mim, o que deve importar é que eu esteja cumprindo o propósito para o qual Ele me chamou. O resto... Bem... o resto é resto.